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Para as pessoas que buscam métodos tradicionais para aprender a realizar tarefas com o auxílio de computadores, a Web está bem servida de material de ótima qualidade, estando a poucos cliques de distância.

Entretanto, na minha trajetória como profissional da área de Tecnologia da Informação (TI), percebo que existe uma lacuna (ou abismo?) entre o senso comum das tarefas que podem ser realizadas com computadores e no que de fato consiste o esforço e complexidade de conceber as ferramentas para tal.

Observando esta lacuna crescer, há mais pessoas percebendo os computadores como “complicadores” ou mesmo inimigos, ameaçando seus postos de trabalho ou entendendo que requer ser um especialista para “conversar” com o computador, de forma que ele “entenda” o que precisa ser feito.

É nesta lacuna que pretendo me concentrar e ajudar a construir pontes e barcos. Este espaço virtual (em constante atualização) irá ajudar a organizar as ideias e (assim espero) contribuir para que existam mais pessoas percebendo os computadores como ajudantes e caixas de ferramentas versáteis.

Começando por esclarecer como defino “computador” no contexto deste espaço:

Qualquer mecanismo, máquina ou sistema com o qual é possível uma interação ou entrada de dados (digitar, desenhar, clicar etc.) e, como resultado dessa interação, combinado com um processamento interno, gera um resultado ou saída de informação (texto, áudio, evento, sinal etc.)

Vejamos uma analogia com o aprendizado de Português. Tradicionalmente (ao menos na minha época!), o estudo é compartimentado, buscando abranger, até o seu esgotamento, temas como:

Convenhamos, aprender todos os detalhes de Português é essencial para adquirir proficiência, o que é uma meta muito importante para se buscar em qualquer área. No entanto, não seria mais sustentável se feito espaçado e por um longo período de tempo (de preferência, por toda a vida)?

Por fim, não é obrigatório conhecer todas as nuances do idioma para que duas pessoas estabeleçam uma comunicação eficaz. Por que, então, na interação com os computadores, precisamos nos ocupar com inúmeros detalhes da “comunicação”? Poderíamos fazer melhor?

Proponho entender a interação com os computadores como um processo de longo prazo. Começar com o “bê-a-bá” e, no curto prazo (graças, entre outras coisas, a analogias não necessariamente “corretas” tecnicamente), conseguir realizar tarefas com mais eficiência do que se fossem feitas manualmente ou com uso pouco eficiente dos computadores.

Um fato interessante no mundo dos computadores é o conhecimento ser possível de ser combinado, como se fossem pequenas ferramentas que agregam novas funções e se tornam novas ferramentas. Vou explorar bastante essa propriedade aqui.

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